No dia Mundial da Poesia, Serviço Público, outra vez nesta página, com a análise do estado do tempo, desta vez feita pelos Poetas

 -Todas as cartas de isóbaras são ridículas, com tanta seca. Lembro-me que no nosso tempo chovia mais, diz o Caeiro.

-Nem mais. Agora o que temos? Dias infindáveis de sol em pleno Inverno. É um desassossego, diz o Álvaro.

-Estranhou-se esta secura mas agora entranhou-se, diz o Bernardo.

-Esta seca tem sido vil, literalmente vil, vil no sentido mesquinho e infame da vileza, diz o Ricardo.

O Fernando exclama:

- O São Pedro é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é chuva o sol que deveras sente.

Ó Anticiclone marado, quanto da ausência de chuva são lágrimas de Portugal!

Mas afinal quando regressa a chuva?

Ainda valerá a pena? Sim, se a precipitação não for pequena.

……foto minha.