No Céu e no Inferno...

Lá fora , ali, logo ali quando se sai da sala

para o jardim,

batem leve, levemente ,

como quem chama por mim.

Será chuva , será gente?

Lá fora, ali, mais adiante,

no outro lado da aldeia,

gente não é certamente,

por que Gente, não "bate" assim.

Lá fora , ali , logo ali quando se sai da sala para o jardim põe-sa a hipótese da ventania ,mas ainda há pouco ,há poucochinho, nem uma agulha bulia.

Lá fora, mais adiante, no outro lado da aldeia, a quieta melancolia

esvaía-se nos primeiros pinheiros do caminho.

Fui ver:

-Lá fora, no jardim, quem bate assim levemente com tão estranha leveza,

nem é chuva , nem é gente e muito menos o vento ,concerteza.

E do azul cinzento do céu caía o silêncio da neve branca recente.

-No outro lado da aldeia ,

olho tudo atrás da vidraça e

a notícia que passa

é esta nova desgraça

do regresso do terrorismo .

E uma infinita tristeza ,

uma funda turbação entra em mim,

fica em mim presa.

Cai neve na Natureza

e cai no meu coração.

Mas por que razão, fui hoje fazer esta associação? http://www.boston.com/bigpicture/2008/11/mumbai_under_attack.html#photo29

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Fui ver.

Vim ver.

Estou no branco jardim,com a branca serra defronte.

Estou no silêncio do branco bréu .

Estou no céu.

Do outro lado da aldeia, o Inferno