As coisas que cabem no meu Planisfério.
Cabem os colegas , os amigos , familiares, vizinhos, sejam novos ou
velhos. os camponeses ou assalariados ,os desempregados, os precários
,os funcionários do Estado e os privados, os operários, os
marginalizados , os inconstantes, os licenciados à procura da 1ª
colocação , os hesitantes e os explorados de longa duração, os
cantadores brilhantes e também os
desafinados na canção da vida, os que carregam suores , os esfomeados
,os sofredores, os de raiva incontida, os desorientados , os
madrugadores , os retardados , os assustados , o casal de namorados
apaixonado e o solitário desamparado.
E cabem todos num frenesim;
Os democratas, os revolucionários ,os proletários, os vira-latas. Os
estrangeiros documentados ou não, os gajos porreiros, os analfabetos
espoliados, os paneleiros ainda discriminados , os mineiros, os
metalúrgicos, os viciados e até os ressacados. Mais os ateus, os
litúrgicos, os solteiros crentes , os separados descrentes e os casados
indiferentes.
Cabe o Sol e todas as nuvens, os aguaceiros e a trovoada.
No meu Planisfério cabem Adamastores transformados em poetas,
escritores e trovadores e mais silhuetas da Criação. Cabe até a
Revolução.
E os meus barquitos, claro.
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