A Meteorologia, a Expectativa, o Caos e seus amantes

A expectativa é a base da nossa alimentação emocional quotidiana... ou pelo menos deverá ser. E um bom dia deve conter logo ao pequeno almoço a incerteza, depois tem que ser polvilhado, ao almoço, com determinação à sua abordagem nesse contexto, ao lanche uma ligeira acalmia e ao jantar um bom caos com digestivos. Em dias com grande intensidade, deveremos evitar as ceias para não corrermos o risco de insónias indesejadas. Serve a presente introdução, para vos dizer que este fim de semana contém toda a argumentação hitckockiana ao seu melhor nível. Uma bolsa de ar frio vai chegar à Península Ibérica e ainda está por determinar como irão reagir os intervenientes: -haverá nebolusidade, frio quer a 2m quer em altura e precipitação. Onde e qual a cota de neve, eis a questão e a grande expectativa. A 600m, a 400, menos? Em Fevereiro de 1956, numa situação semelhante até em Lisboa nevou. Agora, com as peças (centros de alta e baixa pressão) assim colocadas neste xadrez maravilhoso meteorológico, o xeque-mate da neve está iminente. E mesmo que nada ocorra, esta expectativa já ninguém me tira. Cá tou eu a alimentar-me emocionalmente a bom nível, com a vantagem destas refeições não engordarem, mas sim, engrossarem o meu caos incorrigível...